segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

"como se houvessem facas no ar"

a eternidade me machuca
a maior frustração da minha impulsividade.


A louça que eu não lavei, as palavras que eu não falei, a cama desarrumada, as palavras que eu falei, a louça que eu nunca terminei.
dói o vazio do estômago, da alma. É milenar

Alguma coisa engasgada travou meu pescoço. Não tem água que resolva

o tempo e os segundos riem de mim
caçoam da minha não-habilidade
e então hoje é ontem, hoje é 10 meses, anos atrás. Hoje nunca aconteceu...

E meu tudo vira nada
as roupas amontoam-se por cima dos armários, pelo chão, pela cama



por aqui, nada se conserva